Quando eu era criança tudo o que tínhamos para assistir eram alguns canais de Tv aberta, onde nossas opções eram bem poucas. Pedíamos Playstation para o Yudi e tomávamos café da manhã com a Xuxa pela manhã. Assistíamos as mesmas novelas no “Vale a Pena Ver de Novo” ou algumas animações na TV Cultura , à tarde, e de noite tudo o que tínhamos eram as novelas. Não era a toa que os índices de audiência da Globo eram tão altos!
Com a entrada da TV a cabo, as opções se ampliaram, mas apenas para quem tinha dinheiro para arcar com pacotes, que não eram lá muito atrativos financeiramente. Quem não podia pagar tinha que se contentar com a Tv aberta ou recorrer à pirataria. Pois eis que surgiram os serviços de Streaming, encabeçados pela Netflix, com preços acessíveis. E virou uma febre!
Percebendo o espaço no mercado, todo mundo queria a sua fatia! A Amazon, em dezembro de 2016, resolveu expandir seu Prime Video mundialmente. A Globo lançou o Globoplay. Depois vieram HBO, FOX, Telecine e – daqui a algum tempo (Vem logo, por favor) – o Disney + por aqui. Ufa! Voltamos para a questão financeira agora… Com tanto serviço de Streaming, como escolher os melhores sem precisar ganhar na mega sena da virada? A opção virou uma questão de custo/ benefício.
Pensando nisso, a Amazon deu um passo a frente e, na contra-mão da Netflix, que anda cada dia mais cara, baixou o preço de seu serviço de Streaming. E ainda mais: quem assina a Amazon Prime tem direito a um serviço que envolve frete grátis para compras na Amazon e serviços de música e e-books incluídos no pacote. Tudo por R$ 9,90 mensais ou R$89,90 anuais*. Apesar do aplicativo precisar de uma boa melhoria em seu sistema (Comparado com o da Netflix), ainda permite uma transmissão em 4K em até 3 telas sem custo adicional.
Se tudo o que eu falei até agora não fez você incluir o Prime Video em suas orações e/ou no seu cartão de crédito, Vou dar a vocês 6 séries/motivos (e um bônus lindo!) para você fazer o dono da Amazon voltar a ser o mais rico do mundo!
- Fleabag

A sensacional comédia britânica criada por Phoebe Waller-Bridge conta a história de Phoebe, ou Fleabag, uma mulher adoravelmente confusa, sexualmente voraz e incrivelmente irônica. É impossível não apreciar o sarcástico humor britânico que permeia os episódios. Fleabag não quebra a quarta parede, não. Ele a chuta com gosto e nos faz participar da história como se estivéssemos lá! Não é a toa que ele arrematou todos os Emmys permitidos esse ano.
- American Gods

Baseado na provável obra mais conhecida de Neil Gaiman (amor da minha vida!), esta não é uma série comum. Ela é diferente, visceral, incômoda e espetacular! Como seria se os Deuses caminhassem pela Terra e convivessem conosco? E se os Deuses antigos entrassem em guerra com os novos, que nós criamos, como a Mídia ou a internet? Shadow Moon é um ex-presidiário que é arrastado para esse conflito e nos leva junto com ele. Roteiro excelente (embora tenha caído um pouco de produção na segunda temporada) e uma fotografia sensacional!
- The Marvelous Mrs. Maisel

Se Fleabag é uma série escrachadamente feminista, Mrs Maisel nos traz a questão nas entrelinhas. Midge Maisel é a mulher perfeita dos anos 50! Acorda antes do marido para fazer o cabelo e maquiagem, cuida da casa e dos filhos sem sair de cima do salto. Até o dia em que o marido a trai com a secretária. Então, ela retoma a vida como comediante de stand-up. Mrs. Maisel é a série da volta por cima, da luta pelos seus sonhos, da força da mulher, da mãe, da amante, da amiga, da filha. Tudo isso sem perder o delicioso humor de Amy Sherman-Palladino, criadora da série. É a comédia perfeita! Já falei que amo essa série?
- The Man in the High Castle

O que seria do mundo se Alemanha e Japão ganhassem a Segunda Guerra Mundial? Baseado no romance Phillip K Dick, a história é passada em um mundo distópico, onde os Estados Unidos estão divididos entre alemães e japoneses. Misturando ficção científica com História ela é um prato cheio para quem gosta do gênero. A terceira temporada acabou de estrear depois de uma longa (e árdua) espera.
- Good Omens

A colaboração entre Neil Gaiman (amor!) e Terry Pratchett rendeu um dos livros mais deliciosos que já li: Belas Maldiçoes – as justas e precisas profecias de Agnes Nutter, bruxa. Por muito tempo houve o desejo de levar essa obra para a telinha. Com criação e roteiro do próprio Neil Gaiman não havia como isso dar errado. Ainda mais com David Tennant e Michael Sheen fazendo os hilários, confusos e adoráveis demônio Crowley e anjo Aziraphale.
O anticristo nasceu. O apocalipse começou. Tudo dentro do script conhecido por céu e inferno desde o início dos tempos. Daria certo se Crowley e Aziraphale não tivessem se afeiçoado à vida humana. Ou se o bebê não tivesse sido trocado na maternidade.
- The Boys

Super heróis se transformaram em uma febre nos dias de hoje. Não que a gente esteja reclamando, claro! Mas e se eles não fossem seres tão ilibados como parecem? Esse drama sensacional baseado nos quadrinhos de mesmo nome de Garth Ennis e Darick Robertson nos mostra um lado dos Super-heróis que nunca pensamos ver: aquele sedento por fama, irresponsável quanto seus próprios poderes e cientes de que podem fazer o que quiserem, pois são intocáveis. Tio Ben estava certíssimo quando disse que “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”.
Bônus (e que bônus!):

Não havia como terminar esse artigo sem falar desta série, ainda que falte muito para ela estrear. Esse é o Duas Torres e nós obviamente amamos (veneramos e idolatramos) toda a obra de J R R Tolkien! Não precisamos dizer que quase fomos à loucura quando a Amazon Prime divulgou que estava produzindo uma série baseada em O Senhor dos Anéis.
Não sabemos muito sobre ela ainda, mas podemos dizer que nossa expectativa está altíssima! E não apenas pelo custo da produção, estimada em 1 bilhão de dólares por 2 temporadas. Nem pelo custo de 250 milhões pagos pelos direitos. Mas por causa das exigências dos herdeiros de Tolkien. Primeiro, que a série seja lançada em menos de dois anos, para evitar enrolação. Segundo, que as linhas do tempo e a história escrita pelo autor seja completamente respeitada. Só isso já dá um calorzinho no peito.
A história se passará na Segunda Era, quando os anéis do poder foram forjados e Sauron derrotado (já arrepiei aqui!) pela Última Aliança dos Homens. Já estou chorando imaginando rever aquelas paisagens maravilhosas da Nova Zelândia. E – oremos – conhecer Númenor, a bela cidade que afundou na batalha final contra Sauron.
A série ainda não tem data de estréia, mas já assinamos a Prime Video desde agora porque não aguentamos de ansiedade!
*Valor em Novembro/2019