Quando The Flash foi anunciada, muitas pessoas se animaram e outras pensaram que seria mais do mesmo, como em tantas outras séries do horário nobre na TV americana, porém, o seriado conseguiu surpreender e ganhou ótimas críticas, além de uma grande audiência. Em sua segunda temporada, a série se mostra madura e conquista ainda mais os fãs do velocista escarlate.

A segunda temporada se inicia com Barry (Grant Gustin) tentando juntar os cacos de todas as perdas e desastres do passado, sem equipe e atuando sozinho, com os fantasmas da última temporada em sua cabeça. Mesmo salvando a cidade, ele se culpa pelos sacrifícios feitos por outros personagens.

Logo a história caminha pra frente, a equipe com Cisco (Carlos Valdés) e Caitlin (Danielle Panabaker) se reúne novamente e combate ao crime volta a toda, até algumas surpresas e retornos acontecerem, como a volta do Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh) ao seriado, mas dessa vez o verdadeiro, vindo diretamente da Terra 2.

Aqui podemos ver onde a série consegue se destacar no meio de tantas outras. The Flash talvez seja a série de heróis que mais tem ligação com os quadrinhos, onde os produtores não tem medo de colocar na frente dos telespectadores, páginas e páginas do universo criado para o herói. Mas ao mesmo tempo em que temos referências dos quadrinhos, ela também consegue passar um clima leve, descontraído, sem desrespeitar os fãs e ao mesmo tempo mantendo a atenção daqueles que nunca leram uma HQ do personagem.

Mesmo sem o orçamento de uma mega produção para os cinemas, Flash consegue se destacar e oferecer ótimas cenas de ação, que misturados aos dramas e as pitadas de humor no momento certo, conseguem criar o cenário ideal para a agradar ao público. O grande destaque no humor vai para a participação de Carlos Valdés no papel de Cisco Ramon, além de grande ajuda na equipe da Star Labs, ele é o responsável pelas referências geniais ao longo da série, que mesmo nos momentos tensos, conseguem tirar uma risada.

Tom Cavanagh continua sólido na série, com uma boa atuação, mas nada comparada a primeira temporada, onde ele encarnou o vilão Flash Reverso. Agora, como mocinho na história, ele é fundamental na caminhada de Barry e seus amigos para vencer os inimigos, entre eles o grande vilão da temporada, Zoom (Teddy Sears).

Como é normal numa temporada grande, altos e baixos acontecem, um pouco de enrolação na famosa fórmula de 1 vilão por episódio, quebram um pouco do ritmo no meio da temporada. Já o vilão principal, Zoom, rouba a cena,  causando momentos tensos, além de despertar a curiosidade do público, com enigmas e um prisioneiro misterioso.

Grant Gustin se sai muito bem nessa temporada, sabendo dosar os sentimentos como Barry Allen, passando por momentos de angústia, insegurança e medo de perder pessoas queridas, até recuperar toda a confiança para o salto final no abismo que acontece nos capítulos finais.

Alguns discursos e lições de moral que são apresentados ao longo da série podem cansar um pouco o público, mas tem sua relevância na construção do personagem principal. Joe West (Jesse L. Martin) e Iris West (Candice Patton) são os responsáveis por grande parte desses discursos e também de alguns dramas familiares, que acabam trazendo para a série personagens muito esperados por todos, como Wally West (Keiynan Lonsdale) e Jesse (Violett Beane). Sinal de surpresas para a terceira temporada?

The Flash chega ao final da segunda temporada se firmando como uma grande série, explorando muito bem os quadrinhos com aquilo que a DC Comics faz de melhor, o Multiverso. E apesar de uma resolução rápida para a trama principal, tudo termina em mais um paradoxo e novas perguntas surgem para a já confirmada terceira temporada. Estaremos de olho com a certeza de que a série ainda promete muitas alegrias aos fãs.

85%
85%
Muito Bom

The Flash
País: EUA |Canal:CW |Estreia:7 de Outubro de 2014|Exibição: 2014-
Direção:Greg Berlanti , Andrew Kreisberg , David Nutter
Elenco: Grant Gustin , Candice Patton , Carlos Valdes, Danielle Panabaker, Tom Cavanagh, Jesse L. Martin

  • 8.5
  • User Ratings (0 Votes)
    0

Natural da Cidade Imperial/RJ, não subestima o lado negro da força, nem quando precisa lidar com seu bolso vazio a cada lançamento de Action Figure. Sabe que, na Terra Média, o Frodo precisa do Samwise, assim como jogos FPS precisam de mouse e teclado. Enquanto não é consumido pelas chamas, relaxa lendo Tolkien.

Deixe uma resposta